Concerto Hardcore and Hip Hop Night

Boas,

     No passado dia 21 de Abril a Dirty Crown organizou um concerto misto de Hardcore e Hip Hop, a sua estreia como planeadora de eventos, o concerto chamado de Hardcore and Hip Hop Night tinha o seguinte line up: Hard To Deal, Lifedeceiver, A Thousand Words, XL, Zim, Consumido e alguns convidados para as performances de Hip Hop. Foi-nos dito que as bandas chegariam às 18h30m e o concerto começaria às 22h30m.

     Como foi no último concerto no centro eu e o Tiago começámos a afinar o PA às 14h e a preparar as monições, durante a tarde a organização foi trazendo parte do backline (colunas e bateria). Por volta das 17h tudo estava montado e ficámos à espera das bandas.

      Às 18h chegou a primeira banda, mas apenas trazia alguns pratos e os instrumentos por isso não podemos começar a colocação de microfones, após alguma espera por volta das 19h30m decidimos começar a colocar os microfones, já que tínhamos parte da bateria e as colunas colocámos um Shure SM57 em cada uma das colunas de guitarra e uma DI da BSS para o baixo, visto a coluna do baixo ser uma coluna de PA nem sequer pusemos a hipótese de pôr um microfone. A bateria visto ser um kit pequeno (este tipo de kits parece um pouco parvo mas devido ao seu tamanho tem um ataque fortíssimo, o ataque e "click" que muitas bandas de hardcore e metal procuram) usámos o BeyerDynamic Opus 99 para o kick, os Senheiser e604 para os toms, um Shure SM57 para a snare, um AKG 430 para o Hi-Hat e os AKG CK91 para OH's. Um setup bastante básico mas que funcionou na perfeição para o instrumental, para as vozes usámos novamente o Shure Beta57A com uma cápsula de um Shure SM58, excepto uma banda (ATW) em que o vocalista trouxe o seu próprio microfone, um Shure PG58.

      Infelizmente o concerto começou a revelar-se um pouco massacrante para os técnicos, os artistas eram (vulgo duas ou três excepções) arrogantes, com mania de estrelas, infantis e extremamente pouco profissionais. O sound check começou atrasado porque os amplificadores demoraram a chegar assim como o resto do equipamento, parte desse equipamento não funcionava ou apresentava defeitos, defeitos esses que ainda eram pedidos a nós que fossem resolvidos mesmo sendo problema da banda em si, enfim, infelizmente com tantos problemas acabei por não tirar notas nenhumas e também não houve grande processo de aprendizagem ou mesmo algum gozo no trabalho porque as bandas não o permitiam. Acabando o sound check que foi extremamente simples e rápido fomos jantar.

Lista de vias final, a compressão foi feita em grupos
Nota: Enganei-me nos Toms, os mic's usados foram os Senheiser e604
Monições e efeitos
Para o HipHop foi apenas 4 vozes a frente e monição do Aux3

      Com uma hora de atraso começou o concerto (parte do hardcore) sempre sem problemas demais, decorreu música após música, em cada mudança de banda eu e o Tiago tínhamos que fazer um sound check rápido, infelizmente os problemas que não surgiram a nível técnico surgiram a nível de público e logística, a organização teve a incompetência de prevenir a entrada de garrafas de vidro dentro do auditório como lhes foi pedido e tiveram a incapacidade de controlar as bandas e o público. Durante o concerto alguém no público retirou a cavilha de segurança de um dos extintores e usou-o ainda na pendurado na parede, situação essa que facilmente devia ser controlada devido à pouco ocorrência que houve ao concerto e um dos membros de uma das bandas rebentou com a grelha de uma das nossas colunas de monição usando a clássica desculpa que no palco se fica selvagem e não se pensa. Enfim, o concerto acabou e aproveitámos para retirar todos os microfones do palco e colocar apenas 4 micros de voz para a segunda parte do concerto, decorreu sem problemas tirando um banho de cerveja à nossa rack de processamento, cortesia do público até que chegámos ao último artista em palco, como os outros pediu-nos para colocar o CD dele a tocar para ele poder cantar por cima, mas por burrice dele (não há outra expressão) deu-nos um CD mal gravado, em que uma das faixas (a suposta final) estava com falhas no aúdio como se estivesse riscado, quando o artista notou as falhas na sua música acusou-nos injustamente de estar a sabotar o seu trabalho e pediu-nos para mudar para o beat seguinte, que simplesmente não existia no CD... Tentámos avisá-lo que o CD não tinha mais faixas e ele simplesmente desprezou o que dissemos e ainda nos faltou ao respeito, foi a gota de água para nós e acabámos por desligar o som e expulsar toda a gente do recinto.

     Como podem ver nem sempre tudo é bonito e tem que se aturar algumas coisas que desgastam uma pessoa e tiram o gosto pelo trabalho, no entanto é continuar e esperar por outros trabalhos. Aproveito para deixar algumas fotos dos microfones:

Bateria vista de trás

Bateria vista de frente

GTEL1

Bass e GTEL2

Vox

Vista final
     As correcções de sala e mesa:

Rack de processamento

EQ gráfico da sala

EQ gráfico das monições

Vista da mesa
     Enfim, ficamos por aqui e ficamos à espera de melhores trabalhos e mais recompensadores. Espero não ter destruído muito o post com a minha frustração.

Horns Up

Doug

Estúdio "PLANT" (tracklist e troubleshooting)

Boas,

     Antes do mais quero pedir desculpa pela demora com este post, infelizmente um familiar meu adoeceu e tive em Leiria mais tempo do que esperava e com a casa em obras não tive acesso à internet.

     Tendo dito isto vamos começar com a tracklist, desta vez, visto termos gravado instrumento a instrumento eu vou adoptar outro sistema para ser um pouco mais rápido.

     Tal como eu disse os PLANT entraram em estúdio para gravar duas faixas, vamos começar pelo original, "Love Is Dead". Começamos por gravar a bateria, a bateria foi gravada com as guias feitas no primeiro dia de gravações e foram feitos 10 takes até um deles ser satisfatório. O baixo foram 5 takes, a guitarra (GTEL2) 4 takes  e por fim a voz em 4 takes dois ficaram bastante bons e ficaram como finais.

     O segundo tema a ser gravado foi o cover da Alicia Keys, "Empire State Of Mind". A bateria foi bastante rápida e em 6 takes ficámos com dois bons para a banda escolher, após escolherem o que acharam melhor passámos ao baixo que em demorou um pouco mais que a outra música e foram precisos 8 takes, a guitarra (GTEL2) foi muito mais complicado nesta música, demorando 10 takes  e mesmo assim houve uma parte que optámos por fazer um pequeno quick punch numa parte da música em que o guitarrista estava a ter mais dificuldades e por fim, a voz, 5 takes no geral e um ficou bastante bom mas tinha uma frase que não estava muito bem e decidimos também recorrer ao quick punch só para aquela frase, foi aqui que a coisa começou a ficar engraçada, a frase parecia que era um trava-línguas para o vocalista que demorou 11 takes  para conseguir dizer a frase da maneira ideal.


      Todos os instrumentos após a bateria já foram gravados apenas sobre a nova bateria e cada vez que uma faixa ficava gravada adicionava-se o instrumento novo à monição dos artistas, monição essa que era reajustada sempre que um músico novo ia tocar.


      Por fim os problemas que tivemos as gravações e como os resolvemos:


  • Quando começámos a gravar a bateria tínhamos decidido que iríamos usar os prés da Soundcraft para as peles e os metais iriam todos passar pelos prés da focusrite, a certo ponto quando estávamos a preparar os ganhos para a gravação reparámos que o Hi-Hat estava a apanhar todo o som geral da bateria e pensámos ser do posicionamento mas quando começámos com os ganhos dos Overheads não tínhamos sinal no da direita, confirmámos se todos os cabos estavam bem ligados, o patch do Pro-Tools e não conseguíamos perceber o que se passava até que nos lembrámos de ir ver a stage box que liga os microfones aos prés e vimos que afinal um dos cabos estava ligado no sitio errado, foi só trocar e refazer os ganhos dos metais todos.
  • Um outro problema, bem mais simples mas no entanto vale a pena referir, a monição para o baterista era feita por uns headphones ligados ao amplificador da Behringer mas a nossa extensão de jack-jack estava a fazer mau contacto por isso colocou-se um tripé de micro por detrás do baterista onde "enrolámos" o cabo e fitámos a parte da ligação para não se poder mexer, resolvendo assim o problema.
     De resto todas as gravações decorreram sem problemas demais, fica assim terminado este bloco das gravações de PLANT, obrigado à banda pela paciência e continuem com o bom trabalho, espero assistir a um concerto em breve e aconselho qualquer pessoa a fazer o mesmo para uma noite bem passada de cerveja na mão.

    
Horns Up

Doug

Estúdio "PLANT" (mics e prés guitarras e voz)

Boas,

      Eu no segundo dia de gravações tive que faltar por isso não assisti à gravação da primeira guitarra, no entanto após falar com o Tiago percebi como o fizeram e a banda forneceu uma fotografia do amplificador micado.

      Usaram o mesmo sistema que o Mr. Bones num dos speakers um AudioTech 2050 virado ao contrário e um AKG 414 por baixo, mas acrescentaram um Shure Beta57A num outro speaker, para ir buscar mais brilho aos altos e médios-altos e colocaram um painel de cada lado pela mesma razão que a bateria, reduzir o input de sala nos microfones.

Cortina também fechada (Cortesia PLANT)
     A segunda guitarra já foi um sistema um pouco diferente, colocámos à mesma o AudioTech 2050 e o AKG 414 mas colocámos um para cada lado no speaker mais limpo, ou seja, fizemos um stereo XY mas com membranas largas conseguindo assim simular uma maior abertura espacial e depois colocámos um Behringer B1 no outro speaker porque a coluna em si tinha mesmo dois speakers diferentes, esta segunda tinha um som mais sujo.

Usámos o mesmo sistema de barreiras acústicas
      A voz já foi um outro desafio, montámos os painéis semelhantes à bateria mas com o preto de frente e os de acrílico de lado.

Colocação exímia de tripés
     Na microfonia começámos com o AudioTech 2050 e o AKG C451, imaginando que seria a melhor configuração para o vocalista em causa mas faltava corpo à voz e estávamos a captar um som muito estridente em comparação com a voz real por isso mudámos o AudioTech 2050 para um AKG 414, que por sua vez ficou muito melhor mas surgiu um novo problema, os dois microfones juntos não resultavam bem, davam uma sensação estranha quando estavam os dois misturados, voltando às bases mais simples de todas e à experiência do som ao vivo lembrámos-nos de experimentar um Shure SM58 (mais simples não pode ser) e casou perfeitamente com o AKG 414, ficou mesmo no ponto em que conseguíamos corresponder à voz real do cantor. Após o primeiro take percebemos que teríamos que usar o pop-filter porque o vocalista cantava com demasiadas sibilantes.

Primeiro setup

Segundo setup
Setup final visto de lado
      Para o quarto e último post vou falar como sempre da tracklist e do troubleshooting. Até lá.

Horns Up

Doug

Estúdio "PLANT" (mics e prés sessão rítmica)

Boas,

     Desta vez decidi mudar a construção dos posts e juntar a bateria e o baixo num só e deixar as guitarras e voz para o seguinte.

     Sem mais demoras vamos começar pela bateria.

      Começando pelo kick baseamos-nos no que ouvimos durante a gravação das guias e deixámos o AKG D112 no interior e devido a um tamanho mais reduzido do kick comparando com os Ensaio colocámos o BeyerDynamic Opus 99 na entrada, o resultado foi excelente, na escuta tínhamos um kick definido e potente.

AKG D112 centrado e a apontar directamente para o batente

BeyerDynamic Opus 99 também a apontar para o batente (Cortesia PLANT)
     Seguiu-se a snare, também com base na audição das faixas de guia deixámos ficar o Shure SM57 no topo a apontar ao centro da snare mas desta vez decidimos colocar um microfone na parte de baixo, escolhemos o AKG C451, a apontar para o centro da tarola num grau de 45º para evitar ao máximo o anulamento de fase, mesmo assim tivemos problemas por isso ficou em nota que na mistura teríamos que inverter a fase.

Infelizmente a única foto que se vê o AKG C451 (Cortesia PLANT)
     Nos toms acabámos por brincar um bocado, sabíamos que tínhamos 2 AudioTech ATM 350 e que não iria dar para micar os 3 com o mesmo microfone por isso decidimos usar os ATM 350 à mesma (no high e midle tom) e usar o Shure Beta52 no floor tom, visto eles serem bastante secos o resultado foi bastante bom, no entanto foi pedido ao baterista para dar uma pequena afinação para melhorarmos o som no geral e o "combinamento" dos 3 toms juntos.

Tom1 e Tom2
Floor Tom
     Passamos agora aos metais, começando pelo Hi-Hat, visto o AKG C451 estar a ser usado na snare optámos pelo AKG 430 que também faz um excelente trabalho, colocação simples a apontar para o bordo do prato.

Colocação por cima a 45º
     Visto não estarmos a fazer live take tinhamos todos os microfones disponíveis para brincar, logo decidimos brincar e usámos para overheads os AudioTech 2050 em cardióide.

Bastante afastados um do outro por serem membrana larga
     Devido ao bom resultado dos microfones de sala (chão) na gravação dos Ensaio acabámos por fazer um "copy/paste" da colocação mas desta vez só para o baterista, usámos os dois AKG 414 em cardióide virados para baixo à mesma medida da bateria e à mesma medida de um do outro apenas para dar um reforço de graves.

Quando digo que foi à mesma medida digo que foi mesmo medido com fita
     As barreiras que colocámos em torno do baterista foram uma tentativa de evitar reflexões das paredes laterais e reforçar a pressão acústica para todos os microfones e evitar que os microfones apanhassem demasiada sala.

Os painéis feitos à mão resultaram bastante bem
      A lista de vias final para a bateria ficou mais comprida que o habitual e foi bastante instrutivo trabalhar com a bateria a solo na gravação porque podemos esquecer as limitações impostas de espaço e microfonia.

Peles na Soundcraft e metais no Focusrite
      Já o baixo foi muito mais simples no seu processo de colocação de microfones, a DI da BSS obrigatória para o nosso sinal directo, um Shure SM57 tal como nos Ensaio e visto termos um combo com um speaker com um tamanho bastante grande decidimos experimentar o BeyerDynamic Opus 99 e ficou espectacular, conseguimos um som excelente e muito rico na gama de baixos e médios-baixos.

Microfones a apontar às "bordas" do centro do speaker

Lista de vias
     Está a sessão rítmica finalizada, fica o resto para o próximo post.


Horns Up

Doug

Estúdio "PLANT" (backline e guias)

Boas,

     Quero aproveitar para pedir desculpa porque neste trabalho despistei-me um bocado com as fotografias, devia ter tirado mais (e melhores) mas os PLANT acabaram por me enviar as fotos deles e pude aproveitar algumas (tal como a do primeiro post) e completar melhor todos os post que se seguem, agradeço já a banda pela disponibilidade das fotos.

      Sem mais demoras vou avançar para o backline da banda:

Drumkit

  • Pearl Drums Export Series (5pieces)
  • Sabian AAX (3 Crash, 1 Splash e Hi-Hat)
  • Paiste 2000 Ride
Kit já micado para a gravação das guias
Bass

  • Baixo Eléctrico Ernie Ball Musicman Sting Ray
  • Amplificador combo Peavey TNT 115
Preparado para a a gravação de guias com a DI

GTEL1

  • Guitarra Eléctrica Gibson Les Pauls Studio
  • Amp Marshall AVT150H
  • Cabinet Marshall AVT 4x10
  • Pedal Marshall footswitch AVT2000
Preparado para a gravação das guias

GTEL2

  • Guitarra Eléctrica Gibson Les Pauls Studio
  • Amp Marshall TSL 100
  • Cab Marshall JCM 2000 2x12
  • Pedal 1 -  Marshall footswitch
  • Pedal 2 - Boss GT-3
Preparado para as gravações das guias
      
      Como podem ver a microfonia usada para as guias é extremamente simples, a lista de vias final ficou bastante pequena:

Lista de vias
     As gravações foram feitas com uma click-track criada no Pro-Tools a 142BPM para o tema "Love Is Dead" e a 164BPM para o tema "Empire State Of Mind" que enviámos por auxiliar para uma Yamaha activa que colocámos no meio da sala para toda a banda. O aspecto final ficou assim:

A cortina por detrás do baterista estava a tapar a parede toda
  
     As gravações das guias decorreram sem problemas de maior, 2 takes para cada tema para comparação e escolha do melhor e o primeiro dia de gravações acabou por aí.

     No próximo post começo já a falar da gravação da sessão rítmica.

Horns Up 

Doug

Estúdio "PLANT" (setup)

Boas,

     Trago esta semana uma nova banda que tivemos a gravar este fim de semana passado, os caldenses PLANT (Myspace), uma banda de 4 membros que tocam um rock ligeiro, a típica banda que ouviríamos num bar numa noite calma a beber umas imperiais. A banda entrou em estúdio para gravar dois temas, um tema original, "Love Is Dead" e um tema original da artista Alicia Keys, "Empire State Of Mind". A banda é composta por bateria, baixo, duas guitarras e voz.

     Estas gravações tiveram uma particularidade comparando com trabalhos anteriores que falei aqui no blog, era do desejo da banda gravar cada instrumento em separado, no entanto, queriam gravar as guias para depois não terem que seguir um metrónomo.

      Sendo assim vou começar pelo setup do espaço em geral e das guias, usando a mesma disposição que usámos nas gravações dos Ensaio mas com a adição dos novos painéis substituímos o painel da frente bege por um painel de acrílico para a banda poder ver o baterista e vice-versa.

A única foto que tenho de frente para o setup (cortesia PLANT)
      No próximo post vou avançar com mais fotos e com o backline.

Horns Up

Doug

Espaços - Futuro Café Concerto

Boas,

     Eu sei que falei no último post da gravação de Plant mas eu falhei com algumas fotos porque enfim, não estamos lá para fotografar mas sim para trabalhar e estou à espera que a banda me mande algumas fotos que me safem perante o meu público. Devido a tal questão decidi avançar com um novo post de espaços, neste momento o centro quer arranjar uma espécie de café concerto para desenvolver mais programação para a população caldense por isso foi decidido que se remodela-se um dos espaços do centro. Eu era para fazer um post com este espaço mas não o fiz porque decidi ficar-me só pelos espaços em que eu trabalhava como parte do meu estágio e pronto, agora vai passar a ser um espaço que eu já trabalhei (ver Trabalhos Desgraçados) a arrancar o vinil das portas e janelas e tivemos a fazer uma limpeza das madeiras que são para retirar e tapar os buracos com massa.

      As fotos que se seguem podem ser vistas como o Antes por assim dizer:

A ala da direita

A ala da esquerda

Vista do futuro palco

Vista para o futuro palco

Vista central do local onde vai ficar o palco
  
     O espaço vai ser todo esvaziado da mobília que se encontra lá no momento, ficam apenas os pilares de ferro, vai ser forrado a madeira nas paredes de fora, ou seja, a parede por detrás do palco e segue pelas alas e forra a parede das alas que não têm arcadas e o restante espaço é para ser pintado de bege e castanho, o palco vai ser montado com uma elevação ligeira a ocupar em comprimento as 3 janelas de trás e vai vir até aos postes de ferro. Vai ter um PA voado passivo da RCF (o que está agora montado no auditório a substituir o RCF Activo) e a régie vai ser a mesma do auditório por causa de ser móvel.

      Por hoje acho que é tudo, espero falar das gravações de Plant em breve.

Horns Up

Doug

Painel Acústico Acrílico

Boas,

     Para melhorar o estúdio do Centro eu e o Tiago já tínhamos pensado em fazer mais um ou dois painéis acústicos, a ideia era fazer em acrílico no entanto fica caro demais por isso íamos optar por mais dois painéis como os pretos que já temos. No entanto, o Tiago enquanto estava a arrumar o estúdio de fotografia encontrou dois painéis de acrílico velhos sem uso que era para colocar publicidade o ano passado.

      Escusado será dizer que um sorriso surgiu na nossa cara e as ideias de "roubar" aquilo para o estúdio para usar como painel acústico correram de imediato a nossa cabeça, não foi preciso mais, no dia seguinte já estavam os painéis no estúdio.

      Como eles já estavam furados o sistema que arranjámos foi simples, dois tripés velhos que só tem posição vertical e abraçadeiras de serrilha seria mais do que suficiente, este foi o resultado final:

Vista de frente

Vista de lado

Pormenor do sistema de suporte do painel (high-tech)
  
      Mais tarde nas gravações de Plant vão poder ver os painéis em acção.

Horns Up

Doug

Campeonato de Skate

Boas,

     Na segunda semana de Abril no skatepark das Caldas da Rainha teve lugar um Campeonato de Skate numa tentativa de promover o parque em si e de promover os desportos radicais na cidade, foi pedida a ajuda do CJ para haver um sistema de reforço acústico para música e para comentadores.

      Decidimos criar o sistema mais simples possível de maneira a pudermos montar tudo e deixar a organização a tratar do som. O setup é bastante básico, levámos o PA da Yamaha (dois subs e dois tops), a mesa de DJ da reloop, um leitor de CDs da KOOL Sound e um Shure SM58.

      As ligações são básicas, todo o PA é activo por isso não existe necessidade de amplificação, os mains da mesa ligam aos subs que por sua vez linkam com os tops, o SM58 liga por XLR ao canal 1 da mesa (é o único que tem entrada XLR) e o leitor de CDs liga a outro canal por RCA. Mais fácil é impossível.

PA direccionado para o parque 
Mesa, leitor e microfone.
Horns Up

Doug

Estúdio "Ensaio" (tracklist e troubleshooting)

Boas,

      Começando pela tracklist:


  1. "Scarlette vs Elise" & "Séfora" - Neste caso em específico a banda pediu-nos para tocar no mesmo take duas músicas para que no fim da primeira eles pudessem criar um feedback com ambas as guitarras e que esse feedback se prolonga-se e se torna-se o início da segunda música. Gravámos 3 takes no total e ao terceiro a "Séfora" ficou do agrado da banda mas a "Scarllete vs Elise" não estava como queriam, após ouvir os takes novamente juntamente com a banda percebemos que poderíamos usar o 1º take da para a segunda parte da "Scarllete vs Elise" e o 2ª take da mesma música para a primeira parte pois a música tem uma pausa a meio com silêncio que permite colar as duas sem problemas de maior na mistura;
  2. "396" - Nesta música gravámos 5 takes seguidos, nenhum deles como final porque havia sempre pequenos erros por parte dos artistas, em especial o baterista que não estava a conseguir tocar tudo no ponto como queria por isso, visto já termos um bom take com todos os músicos, gravámos um sexto take só com o baterista a tocar com a monição do take bom nos phones;
  3. "Atirar Laços Ao Pulso" - 6 takes gravados, sempre devido a erros por parte dos artistas, ficou o 6ª como final tendo apenas a necessidade de regravar um feedback a meio da música usando o método de picar por cima (quick punch);
  4. "Rosinha" - 4 takes gravados até os artistas conseguirem acertar, ficou o último como final;
  5. "Cidade Nova" - 2 takes que ficaram com erros por parte da banda e um terceiro que ficou perfeito à excepção de uma pequena parte do baixo que a banda decidiu que ficaria melhor com a distorção do Bass Big Muff Pi por isso fizemos uma gravação por cima recorrendo novamente ao quick punch da parte pretendida, também com monição de phones.
      No caso das vozes foi mais rápido e simples, das músicas todas duas tinham letras completas, duas tinham berros/frases (não era propriamente uma letra que completava a música mas sim umas adições) e duas são só instrumentais.

  1. "Cidade Nova" - O primeiro take correu muito mal por causa dos níveis a mudar (ver troubleshooting) mas o segundo ficou bem;
  2. "Séfora" - A primeira música com uma letra do início ao fim, ficou bem à primeira;
  3. "396" - A segunda música com uma letra do início ao fim, ficou bem à primeira;
  4. Atirar Laços Ao Pulso" - Também como a primeira música mas o problema de níveis já estava resolvido por isso à primeira o take ficou bom.
      E agora os problemas que enfrentámos e como os resolvemos:

  • Mal iniciámos as gravações tivemos o nosso primeiro problema, os músicos todos estavam a ter dificuldade em ouvirem-se uns aos outros por isso refizemos todos os volumes dos amps de maneira a que toda a gente se ouvisse e refiz os ganhos para a gravação mas o baterista, devido às barreiras acústicas, não consegui ouvir bem por isso abrimos uma via de monição que ligámos ao amplificador de phones da Behringer para o baterista poder ter escuta do próprio kit e dos amps;
  • Um outro problema foi na gravação de vozes, visto haver duas músicas com berros e voz solo tivemos problemas com os ganhos como seria de esperar, tentámos dar a volta ao problema mudando rapidamente os ganhos quando entrassem os berros (na esperança de manter o flow dos músicos mas infelizmente não foi possível por isso gravámos primeiro os vocais solo com um setting de ganhos e depois gravámos os berros com outro setting de ganhos
     Um outro pormenor que não foi um problema mas no entanto acho que vale a pena referir (e aqui peço atenção que não estou a acusar a banda de nada nem estou a diminuir de forma algum o trabalho deles.) durante o processo de gravação muitas vezes a banda errava a música em si, claro que isto influencia a gravação e pode-se dever a várias razões, por exemplo a banda vir mal "ensaiada" para o estúdio (que não é difícil quando todos são estudantes/trabalhadores e não vivem na mesma cidade) ou mesmo nervosismo, saber que estão a gravar e que não devem falhar põe muita pressão sobre os artistas e a cada erro essa pressão aumenta e leva a outros erros, nestes casos o melhor a fazer é mesmo uma pausa ou então falarem com os artistas e tentar acalmá-los e deixá-los mais ambientados com o trabalho que estão a realizar.

      Com este post acaba esta parte do estágio, talvez crie uma parte para a mistura mas ainda não sei como vou realizar essa proeza no blog sem parecer muito seca. Aproveito para agradecer à banda a paciência com os técnicos (sim, porque não somos só nós que temos que aturar os músicos, eles também nos aturam a nós) e a camaradagem que se criou no estúdio, grande ambiente, grandes malhas e aconselho qualquer pessoa a dar uma vista de olhos (ouvidos!) ao EP dos Ensaio assim que ele sair, vale a pena.

      E obrigado pela garrafinha de vinho no final das gravações ahah (outras bandas tirem deles este exemplo maravilhoso!)

Horns Up

Doug

Estúdio "Ensaio" (mics e prés voz)

Boas,

      Para terminar com a microfonia e afins.

      Após finalizar as gravações de todas as faixas em instrumental desligámos os quatro primeiros prés do Focusrite e preparámos-nos para captar as vozes, como já disse são poucas ou quase nenhumas para captar, duas músicas com voz durante parte da música e algumas partes com a banda a berrar. Decidimos montar duas "estações" de gravação, uma em cada ponta da sala contra os painéis que estavam a fazer barreira com a bateria. Montámos os AKG 414 em cardióide e um Shure Beta 57A em cada lado, o AKG para nos oferecer uma boa gama e definição de graves e o Beta 57A para dar o bright que falta aos AKG.

Vista dos microfones do lado esquerdo

Vista mais geral da sala

Vista pormenor dos dois microfones
     A lista de vias final:


      O próximo post fica para a tracklist, troubleshooting e para outras notas.

Horns Up

Doug